segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Autotraição


 Falta de compreensão... Isso assola toda a integridade de uma relação.
 A falta de comunicação sufoca um relacionamento. Acaba com a esperança de continuar a ter sentido a união que se prolonga aos arrastos pela incapacidade de dizer adeus.
 A acomodação nos torna prisioneiros de uma rotina miserável. E não achamos meios para mudar a situação e assim, surge a depressão.

 Depois de quase seis anos de casamento, a última coisa que esperamos é um amor que surge de um largo sorriso com faíscas no olhar. Um anjo que chega para carregar nossos maus pensamentos para longe e depois joga nossas esperanças no fundo de um lago negro. Despedaça nosso coração. Destrói os sonhos. No lugar da doçura das palavras fica apenas o amargor de uma alma dilacerada.
 Quando os loucos tomarão posse de um mundo que é seu por direito?
 Amores que vêm e não vão apenas machucam. Deixam feridas profundas incapazes de cicatrizar.
 Amores que vieram para ficar nunca me satisfizeram de verdade. Nunca preencheram o vazio que se instalou em meu peito desde a minha infância. Jamais me fizeram flutuar ou ouvir sininhos tocando no horizonte, onde eram feitos os planos para o depois que nunca chegaria.
 O medo de ficar só, só me faz afastar de mim as pessoas que amo. O medo de ficar isolada me desperta um desejo indomável de mergulhar na solidão. O medo da dor e do sofrimento só fazem eu me machucar amando alguém que não me ama.
 Das cinzas de minha alma, ressurge uma vontade insaciável de vencer esse conflito. Nos meus sonhos submersos, sua voz soa sombria. Errante ideia de tê-lo em minha realidade louca de normalidade. Sofro encolhida no fosso de meus prantos praguejando as ilusões que nunca recebi. Sorrateiramente queimam minha vida e destroem toda a esperança de renascer minha autoestima.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Distorção

Tortura psicológica, agressões verbais;
Desafios e brigas, cada dia mais...
Acumulando em minha mente temas irracionais.
De nostalgia à neuroses, quantas doenças fatais?
Jorrando sangue em pensamentos; de mudar não sou capaz.
Sobrevivendo a maluquices, no corpo apenas os sinais
De mundos distorcidos com minhas crises mentais.

Temor... Histeria...
Afinal... medo do que?
Crises de pânico...
Medo do que não podemos ver!